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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Meu cais

Na imensidão do negro mar, à noite
Meu solitário barco ali desliza
Como esperança, de repente, a brisa
Sopra-lhe as velas de um só açoite

Porém como lembrança, apenas, fica
A força que o moveu naquele instante
Meu barco lento continua errante
Enquanto a minha dor se multiplica

Caminho sem final, caminho extenso
Que trilho sobre o espelho enluarado
Das águas: já não te trilhei demais?

Diga-me, enquanto esta distância venço
(E, às vezes, penso já estar atrasado):
Quando, afinal, encontrarei meu cais?

21/11/2010


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