Na imensidão do negro mar, à noite
Meu solitário barco ali desliza
Como esperança, de repente, a brisa
Sopra-lhe as velas de um só açoite
Porém como lembrança, apenas, fica
A força que o moveu naquele instante
Meu barco lento continua errante
Enquanto a minha dor se multiplica
Caminho sem final, caminho extenso
Que trilho sobre o espelho enluarado
Das águas: já não te trilhei demais?
Diga-me, enquanto esta distância venço
(E, às vezes, penso já estar atrasado):
Quando, afinal, encontrarei meu cais?
21/11/2010
"no jardim sem cores, no tempo dará flores, se plantou chorando, sorrindo vai voltar.''
ResponderExcluirLegal, Jel! Abç
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