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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Caminho da eternidade



Existe uma pergunta dentro de todo ser humano que exige uma resposta. Na ciência, procuramos soluções para o envelhecimento, possibilidades de vida longa – melhor ainda se fosse eterna. É como se disséssemos que não nos conformamos com as nossas falibilidades, nossa efemeridade, nossos limites. Os mamíferos detentores de conhecimento e inteligência muito superiores a quaisquer animais, os humanos, parecem ser os únicos insatisfeitos com sua própria condição de mortais. Agimos como se houvéssemos sido feitos para ser eternos. E será que realmente não fomos?

Certa vez, houve um homem que teve infância humilde. Trabalhava desde bem jovem construindo móveis. As pessoas diziam que o seu nascimento fora um milagre. Ele era grato por ter nascido, e tinha um forte senso de missão na vida. Lá pelos seus trinta anos de idade, decidiu cumprir com sua missão: saiu pelas ruas ensinando sua filosofia de vida para as pessoas. Muita gente gostava de ouvi-lo, mas havia um problema: poderosos políticos se sentiam ameaçados por sua popularidade.

Alguns membros da alta sociedade passaram a odiá-lo porque, além de denunciar as falcatruas de pessoas importantes, ele interpretava as leis de uma maneira diferente da que era ensinada pelas faculdades de Direito. Por causa disso, muitos acadêmicos, juízes, advogados e religiosos se tornaram seus inimigos. Mas aquele homem era obstinado: acreditava que sua missão era muito importante e não perdia tempo procurando se proteger. É como se cresse firmemente que o seu destino estivesse traçado.

Ele tinha alguns amigos mais próximos que o acompanhavam e respeitavam muito. Porém, às vezes achavam que ele estivesse enlouquecendo. Isto porque, em alguns momentos, ele dizia que precisava morrer para cumprir com sua missão. Um de seus camaradas mais chegados tentou lhe dissuadir dessas ideias suicidas, certa vez, mas foi asperamente repreendido. Não havia jeito: a obstinação daquele homem era inquebrantável.

Um burburinho crescente se espalhava pelas redondezas. Diziam que os dias do homem que gostava de ensinar nas ruas, cuidar de doentes e denunciar corrupção estavam contados. Aí está o problema de mexer com gente poderosa. De alguma maneira ele sabia disso, mas estava disposto a dar a sua vida para cumprir o propósito que o motivava. Ele sonhava que as pessoas pudessem ter satisfação interior. Ansiava fortemente que qualquer cidadão pudesse ter uma vida normal, porém, com uma certeza dentro de si que fizesse toda a diferença na maneira de lidar com a existência. Esta era sua filosofia: as pessoas são eternas e precisam viver com a consciência de sua eternidade. 

Certa noite, alguns homens armados o cercaram enquanto se reunia com seus amigos num jardim localizado num lado pouco movimentado da cidade. Entre os assaltantes havia policiais e também um rapaz que era sobrinho do religioso mais importante da região. Ele foi espancado e levado pelos homens. Seus amigos até tentaram ajudar, mas, por fim, o abandonaram.

No outro dia pela manhã, num tribunal improvisado, lhe fizeram várias acusações falsas. Seus inimigos queriam vê-lo morto, e o veredicto foi anunciado: cadeira elétrica. Ao fim do dia, seu corpo jazia num cemitério próximo dali. E o que foi de sua missão? Como provar para as pessoas que elas são eternas, sendo que ele mesmo foi morto tão injusta e violentamente?

Acontece que, algum tempo depois, umas mulheres que gostavam de ouvir seus ensinamentos enquanto ele ainda vivia foram visitar seu túmulo. O que viram foi uma cova aberta e um caixão vazio. Assustadas, não sabiam o que fazer. Foi quando ele apareceu pela primeira vez, e conversou com uma delas. Horas depois, apareceu também para aqueles amigos que o tinham abandonado. Ensinou-lhes novamente que as pessoas são eternas. Explicou que sua missão era lutar com a morte e vencê-la, para que, assim, as pessoas pudessem ter certeza de que são capazes de responder aos anseios de eternidade que borbulham em seus corações. Seus amigos finalmente o compreenderam, e nunca mais foram os mesmos. 


Talvez você esteja com aquela sensação de já ter ouvido uma história assim em algum lugar. Saiba que a sua intuição não mentiu. Tudo aconteceu há uns dois mil anos, e não em nossos dias. Mas a mensagem que aquele homem deixou ainda pulsa nos corações daqueles que acreditam nela. Para estes, o Caminho da eternidade foi descortinado. A Verdade está descoberta. A Vida agora faz sentido. E a resposta, só você pode encontrar. (João 14:6).

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