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Mas, o que é ser uma pessoa melhor?
Naturalmente, o tempo está sempre passando. Enquanto
isso, as pessoas mudam sem que possam evitar a própria mudança. Nós não somos
agora quem seremos daqui a um ano. É como se todos estivéssemos sendo levados
por um rio e, sem percebermos, já nos encontramos em outro lugar. Conscientes
disso ou não, borbulha dentro de nós uma vontade de evoluir, de crescer; só não
sabemos como. Nessa busca, acabamos nos convencendo de que “ter mais” é igual a
ser uma pessoa melhor.
Funciona assim: se eu fiz um curso de computação no
último mês, concluo que sou melhor do que era antes do curso, visto que agora
tenho mais conhecimento. Se o meu salário aumentou na última semana, logo sou
uma pessoa melhor agora, porque tenho mais dinheiro. Está dando para perceber
por esses exemplos? “Ter mais” conhecimento, mais dinheiro, mais status
social... Parece ser esse o caminho. Contudo, às vezes penso que o caminho,
mesmo, é compartilhar o que se tem.
A ideia é a seguinte: quando temos mais, apenas temos
mais. Porém, quando compartilhamos o que temos, aí é que somos pessoas
melhores. A prova de que me tornei uma pessoa melhor é que me tornei melhor
para o próximo.
Talvez você não tenha tanto dinheiro agora quanto sonhou
que teria ao fazer seus cálculos doze meses atrás. Talvez você não tenha tido
tempo de fazer nenhum curso no último ano; ou, quem sabe, não tenha lido tantos
livros quantos pretendia. Entretanto, se decidiu compartilhar com alguém o que
já tinha (conhecimento, tempo, carinho, até mesmo money), então você realmente cresceu. Quem compartilha se arrisca a
ter menos para ser mais. Mas, será que vale a pena? Repito: tudo vale a pena se a
vontade de ser uma pessoa melhor não é pequena.